Esperamos que gostem do nosso blog, pois, e acho q não falo só de mim, os textos são escritos com bastante emoção
e tem muito te nós em cada frase do que vocês lerão. ;D
Boa leitura

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Alguém pode me tirar da chuva? - V


"Em seus olhos"
Naquela noite chovia como há tempos não chovia. As gotas que tocavam suas mãos a faziam lembrar da noite que mais a fizera feliz até então.
Ela olhara as estrelas antes de prosseguir com seus passos e embora quisesse continuar a contemplá-las, sentia que deveria deixá-las por ao menos alguns instantes. Ela foi guiada pela música que tocava sua alma, mas não resistiu a um último olhar às estrelas. Porém não conseguiu enxergá-las. Antes que seus olhos enxergassem o céu que residia naquela noite inexplicável, ela encontrou a mais bela das estrelas nos olhos dele.
“Concede-me esta dança?”-enquanto ele dizia essas palavras um sorriso surgia no canto de seus lábios.
Ela ficou estática, desejando que o mundo parasse naquele instante. Nunca vira olhos tão perfeitos como os que se encontravam frente aos seus; ou sorriso tão sincero como o que se formava naquela face a centímetros de seu rosto.
Ele não esperou que ela tomasse fôlego para responder. Envolveu-a em um abraço tão forte, que fazia daqueles dois corpos um único corpo, unido pelo silêncio das palavras, por um mesmo desejo e pela música que guiava seus passos.
Desde que ele a abraçou, ela fechou os olhos, almejando sentir o toque dele sobre a sua pele, sentir o seu perfume, tocar o seu rosto. Finalmente conseguiu abrir seus olhos e encontrar os dele:
-Oi! Que saudade...
Ele a abraçou ainda mais forte e ela não entendia o porquê, mas sentiu uma única lágrima a percorrer a sua face e deitar nos ombros daquele que ela abraçava, como se fosse a última vez que tocariam as mãos um do outro e dançariam ao som da música que os unira.
Eles uniram as suas mãos e caminharam até onde poderiam ver o céu e contemplar as estrelas. Havia tantas palavras que gostariam de dizer, porém só conseguiam olhar nos olhos um do outro.
Eles estavam completamente sozinhos naquela praça e ainda ouviam a música que tocava ao longe. Ele não queria deixá-la ir e ela não queria a ausência daquele que amava. Então novamente se abraçaram.
Ela sentiu uma gota em sua face e ele a tocou com tanto carinho, enxugando aquela lágrima que caía das estrelas.
“Vai chover, é melhor sairmos daqui...”
“Não!” Ela não queria nenhum outro lugar, não importa se iria ou não chover; nada importava. Tudo que ela queria era eternamente se encontrar entre os braços dele.
“Tudo bem. A gente pode ficar aqui, então. Tudo que me importa é que você esteja ao meu lado.”
Quando ele proferiu sua última palavra começou a chover. Ambos olharam para o céu, sentindo que aquele momento seria eternamente lembrado. Eles voltaram a face um em direção ao outro. A chuva incidia sobre eles com tanto ímpeto, de tal forma que eles precisavam sentir o toque da pele um do outro para se sentirem seguros.
Abraçavam-se tão forte, que nada mais parecia existir no mundo senão eles dois e a chuva.
Eu te amo-ela pensou.
Eu te quero ao meu lado para o resto da vida. Te amo. –ele só conseguia pensar nela.
Seus lábios se tocaram.
Ela pensava na mais bela das estrelas que encontrava nos olhos de quem ela amava. Ele sonhava que aquele momento se tornasse eterno.
Ela sorria em pensamento. Esquecera-se das gotas que tocavam seus cabelos e percorriam todo o seu corpo. Ele foi o único capaz de tirá-la da chuva; o único que verdadeiramente a enxergara. Ele sempre fora quem ela amou.
Sem dúvida se amavam, mas não poderiam vivenciar outra noite como aquela. Aquele abraço seria o último, aquele beijo não mais existiria. A chuva jamais voltaria a uni-los como naquela noite. Mas eles não sabiam disso. Tudo que sabiam era que se amavam e que aquele momento seria para sempre lembrado. Não importa quanto tempo passasse, eternamente se lembrariam das palavras que não foram ditas- “eu te amo”- mas que viveram em cada abraço, cada beijo, cada toque de suas mãos, cada encontro de seus olhos e em cada sorriso. Ela jamais se esquecerá daquele sorriso que surgia no canto dos lábios daquele que ela amava quando ele a via ou de todos os momentos que ele a envolveu em seus braços, ou de todas as danças, ou simplesmente daquela noite.
Ela secou as gotas de chuva que tocavam suas mãos, para poder secar as lágrimas que cobriam sua face. Ela não conseguia desviar os seus olhos da chuva. Ela não conseguia esquecê-lo. Enfim ela conseguiu libertar suas palavras, mas apenas a chuva a escutava.
“Eu te amo...”

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Alguém pode me tirar da chuva? - IV


Gostaria de não estar andando por este caminho; ele divide lembranças dolorosas que me levam para o paraíso em poucos minutos e agora está me levando por um caminho que eu desejaria nunca passar.

No momento o céu está com uma aparência misteriosa, não consigo decifrar se ele quer me consolar ou trazer uma sensação de angustia para intensificar minha dor; até agora me sinto culpada pelo o que aconteceu com o nosso relacionamento, se eu não fosse tão imatura; nós não teriamos brigado e talvez eu não precisaria andar por um caminho que traz tantas lembranças e que vai acabar me levando em uma representação do paraíso com um ar de melancolia.

Acabei de sentir a primeira gota de chuva cair no meu rosto, e cada passo que eu dou uma gota vai caindo até iniciar uma chuva fria que pode permitir com que eu chore e que minhas lágrimas se misturem com a chuva.Eu choro por recordar que foi neste local e nesta mesma chuva fria que você me abraçou e me beijou pela primeita vez; agora eu não sei se eu continuo a andar ou simplesmente retorno para casa sem olhar para traz e cometer mais um erro com você.Mas não vou mais cometer mais um erro com você; vou ser forte e continuar caminhando.Agora estou parada no local que não queria mais continuar, mas respiro fundo e entro.

Vou até você, você está com uma aparência maravilhosa na foto; coloco a flor em sua lápide e fico parada sem saber o que dizer; perco a força e caio no chão e começo a chorar novamente com essa chuva cada vez mais forte e olho para os seus olhos no retrato e a minha voz sai roca e digo:

- Eu te amo, sempre vou te amar !

Penso comigo mesma; será que alguém além de você; poderia me tirar da chuva?!

Meus olhos estão ficando pesados e adormeço e sonho com a mesma chuva e você me tirando dela e me aquecendo em seus braços.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Alguém pode me tirar da chuva? - III


Como o outro texto foi tão aclamadooo pela critica ... resolvi fazer outro!! Para mostrar a minha GENIALIDADE nesse tema!!! huahauhahuahua

Por favor... me tire da chuva quando:
Eu ver o céu escuro e parecer que não tem mais saída. Me mostre que depois da chuva sempre tem um arco-íris.
Quando o trovão me assustar, mas me fale tudo ficará bem.
Quando eu sentir o frio da solidão, mostre que ficará comigo para sempre.
E quando tudo estiver bem ...mostre-me segurança e diga que sempre depois de uma tempestade vem a calmaria!!.

domingo, 25 de outubro de 2009

Alguém pode me tirar da chuva? - II



Ela olhou pela janela, o céu estava cinza, indício de chuva. Ela suspirou, era como se o tempo estivesse refletindo seu humor. Seu coração estava triste, e a tristeza tinha nome: Tiago. Ela o amava há algum tempo, mas ele tinha namorada, por isso ela julgava seu amor platônico. E isso a estava matando.
Ela não poderia impedir a chuva de cair, nem a dos céus, nem a dos seus olhos. Mas ela não queria que os outros a vissem daquele jeito, e só havia um lugar que passava pela sua mente onde ninguém a veria chorando.
Ela andou sem rumo por um tempo que ela não saberia colocar em números. Naquele momento ela estava amando a chuva, pois as lágrimas do céu se misturavam com as suas, não permitindo que as pessoas distinguissem umas das outras.
Tudo o que ela precisava era de alguém que a tirasse da chuva e secasse suas lágrimas. Esse pensamento foi como mágica, pois um instinto a levou a levantar a cabeça e ela conseguiu ver o fim da rua. Ela reconheceu aquele lugar, e a casa de onde ele estava saindo. Ela não podia se mexer, nem desviar o olhar; as lágrimas não conseguiam mais sair dos seus olhos – ela não queria mais que elas saíssem.
- Oi Lírio – ela adorava quando ele a chamava daquele jeito, afinal, esse era o significado do seu nome – o que você está fazendo na chuva? Vem cá! – ele a puxou para debaixo do seu guarda-chuva e a abraçou para que os dois pudessem se abrigar e também para que ele pudesse aquecê-la
- Obrigada. Mas a Bel não vai achar ruim? – ela perguntou fingindo não se importar
- Mesmo se ela achar, ela não tem mais nada a ver com isso.
- Vocês terminaram? – ela tentou não transpassar sua emoção pela voz, mas ela não soube se foi bem sucedida.
- Eu acabei de terminar, ela quase me chutou da casa dela – ele disse com ar zombador.
- Ela deve ter ficado nervosa.
- É, ela ficou. Ela não gostou muito do motivo, na verdade. Sabe... foi por causa de outra garota.
- Você está gostando de outra garota?
- Uhum...
Toda alegria que havia chegado com a notícia do fim do namoro se fora e a vontade de chorar voltara. Ela não poderia ficar ali com ele, se ela não conseguisse controlar a emoção, ele perguntaria coisas que ela não gostaria de responder.
Ela correu, a chuva estava mais fria do que antes, mas ela não ligava, ela apenas queria esquecer. Ela não olhou para trás.
No dia seguinte havia sol, até o tempo havia se cansado do seu humor. Era uma segunda-feira, ela não conseguiria fugir dele, e como não poderia ser de outra forma, logo que a viu, Tiago convocou Lílian para uma conversa no parque, depois da aula.
- Por que você saiu correndo daquele jeito ontem? – ela imaginou que ele faria essa pergunta e já tinha uma resposta preparada.
- Eu lembrei que tinha deixado um bolo no forno...
- Uhm... e eu tenho cara de burro? Você foi até aquela rua sem motivo pra depois sair correndo sem falar nada, sem nem se despedir só por causa de um bolo?
Não houve resposta.
- Tudo bem, eu não te chamei aqui só para você se justificar, eu quero terminar a conversa de ontem.
Ela quis chorar, mas um vento bateu em seu rosto, secando as lágrimas.
- Eu falei que tinha terminado com a Bel por um motivo. Sabe, eu fiquei muito tempo com a Bel gostando de outra garota, e agora eu não consigo mais. Eu tenho que falar meus sentimentos para essa garota, mesmo não tendo certeza do que ela sente por mim. O que você acha?
Lílian sentiu como se sua voz não fosse sair. Como apoiar ele com outra? E como não apoiar? Quem ela preferia magoar: ele ou a si própria?
- É uma boa ideia – é claro que ela preferia se magoar, ela o amava demais para sequer pensar no fato de feri-lo.
O vento soprou uma outra vez, uma mecha do cabelo dela foi para sua boca. Ele a tirou do rosto da garota e deixou sua mão ali. Ela percebeu que ele os olhos dele intercalavam entre a sua boca e seus olhos. Eles ficaram daquele jeito, em silêncio, por alguns instantes.
- Hey, garota – ele disse enfim - eu te amo.
Ela sorriu, e não precisou responder, por ele interpretou esse sinal como um “eu também”. Eles se beijaram. Lílian sentiu o sol mais quente, o vento mais calmo e, quando abriu seus olhos, as cores mais vivas. A chuva nunca mais cairia em seu coração.

sábado, 24 de outubro de 2009

Alguém pode me tirar da chuva? - I

*Depois da chuva*



Acordo e percebo um céu cinzento sobre minha cabeça que anuncia o mau tempo que está por vir, para piorar os meus dias vãos, ao aumentar a agonia de meus problemas iminentes, para deixar a cidade de concreto ainda mais fria e impessoal...

Ele anuncia a chuva torrencial de hipocrisia, que vem para partir os corações e plantar neles a semente do egoísmo e da indiferença, pra acabar com o respeito coletivo, num período de tendências pré-apocalipticas em que o futuro é um borrão finito e não dá margem para melhoras sociais, já que está tudo no fim mesmo dizem que “é melhor que venha logo essa chuva, melhor que se anunciem as más novas, nos livremos da esperança”

E não é que ela chega, o céu cada vez mais nublado, a garoa começa a cair: uma criança passa fome, a árvore é derrubada, uma jovem para de acreditar no amor, o menino deixa de ter sonhos, as primeiras gotículas atingem meu rosto enquanto corações inocentes perdem a sua característica mais pura e o mundo as corrompe.

Momentos mais tarde ela se intensifica e vários corações partidos são regados por sua má influencia, ela se espalha logo e passo a pensar que só uma arca de Noé, algo milagroso além de nossa compreensão poderia nos tirar da chuva, talvez até um fim, como o esperado em 2012, que afinal não é nada mais que um começo, de uma possível era de peixes, quem sabe? a era de aquários já está ultrapassada arrasada por essa agora enxurrada.

Mas parei de delírios e percebi que mão é preciso algo sobrenatural para nos “salvar”,

­Basta que se unam os corações, um protegendo o outro, oferecendo carinho e confiança, pra que se construa um futuro sem medo da chuva, ou de um fim, de pessoas que não percam a esperança em meio a chuva e sim que a alimentem em tempos de crise, por que um dia a chuva passa e o Sol algo tão natural e mágico na sua simplicidade, limpa o céu, aquece os corações e traz de volta a alegria das crianças e o amor.....

Que venha o sol!

Para que possamos sorrir novamente e esquecer da chuva, aproveitando a vida livremente, por alguns instantes a experimentar a felicidade...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Passos


Andando e se perdendo pela imensidão das palavras. Em silêncio absoluto e inquestionavelmente acalentador. Nada ouvia senão a perfeição de sua fantasia em realidade.
Ela continuava a andar e pensar, e pensar um pouco mais, desejando não mais fazê-lo, apenas se entregar aos sonhos, viver ao menos uma vez uma daquelas ilusões que tanto idealizou. Quem sabe conheceria a felicidade, ainda que inexistente. Mas em sua mente tudo era possível, e a felicidade era passível de se tornar sua concreta abstração. Agora ela corria, tentando fugir das próprias idéias, almejando que o vento consolasse suas lágrimas.
Ela tentou. Desesperadamente tentou. Mas nada adiantava. Sua alma foi livre por poucos instantes, nos quais ela imaginou ter se libertado do que chamara de amor. E este amor era muito mais forte que ela. Era parte dela, senão ela por completo.
Ela pensou em desistir, em buscar o eterno silêncio. Porém, por mais que aquele amor a fizesse sofrer, as escolhas já não mais pertenciam a ela. Aquela vida, a qual ela julgava controlar, não mais pertencia a ela. Nada mais a pertencia, nem mesmo os próprios pensamentos. Ela era um títere, extremamente e indiscutivelmente apaixonada.
As lágrimas ainda tocavam a sua face e se misturavam com o tocar da chuva sobre sua pele. Ela chorava, sua pele fervia a cada passo e seu coração aos poucos se perdia.

Ela amava. Ela chorava. Ela abandonava os seus versos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Procurar-te


Não sei bem o que procuro, mas o procuro com toda a força de meu ser

Todos os dias...

Mas seguindo sempre o mesmo rumo, fazendo sempre as mesmas coisas,

cegada pela minha falta de atenção constante

fica difícil achá-lo...

Aquele que já me inspira a ser uma pessoa melhor

E que me motivará a amar e ser feliz, mesmo que a felicidade plena não exista

Mesmo que o amor eterno seja uma jóia rara e que provavelmente não seja real,

Quero contar com esse amor real e natural, para escrever meu futuro

Ainda incerto, cheio de duvidas...

Um futuro perdido assim como ele...

que de alguma maneira o destino o colocará em meu caminho,

sem pressa, no momento certo

certamente sofrerei desilusões até chegar lá...

e algumas alegrias também

Mas um dia nos acharemos.

domingo, 18 de outubro de 2009

Aqueles que escolhemos amar



Nascemos sozinhos ... e morremos sozinhos!! Sempre escuto isso das pessoas, e realmente acredito nisso, mas esse post não é sobre um olhar cético sobre as relações humanas.É que mesmo sabendo disso sempre procuramos nos apegar a outra pessoa.Nos Amigos. Uns acreditam que é por necessidade que amamos as pessoas.. pode até ser, porque o ser humano é tão oportunista mas eu tenho lá meu lado otimista temos amigos porque de alguma forma essa pessoa nos ajuda a ser um ser humano melhor (pelo menos é isso que eu procuro nas minhas amizades) Amigo é a família que você escolhe. Esse post dedico aos meus amigos. Cada um de seu modo. Agradeço à vcs por fazer cada dia uma aventura, por não fazer daquela escola um tédio, por me ajudarem a jogar, ... por me acolherem quando eu preciso, pra me empurrarem em um bazar, por me ajudar as lições.. não só da escola, mas as lições da vida. A palavra amor eu particularmente acho quando se usa tem que ter algum valor...Amor entre amigos!! Eu acredito que exista por que eu sinto todo isso todos os dias com vcs.
Mesmo sabendo que nasci sozinha e morrerei sozinha .. com vocês quero passar os outros momentos felizes porque sozinho não tem graça cair da piscina com roupa, ser empurrada na lama.. hauhauhauahu
A todos que fazem meu dia melhor..!! Meus Amigos

sábado, 17 de outubro de 2009

Segredos

Alguns segredos deveriam pra sempre ser guardados, imortalizados; enquanto outros deveriam ser libertos em atos ou palavras, tornando-se a verdade e a liberdade daquele que o mantém somente em si.
Mas no final, aqueles segredos que mais valor teriam se concretizados em palavras, são os que se tornam imortais e aqueles segredos que deveriam viver em total abstração, residindo na mente do único que o propôs, são os segredos libertos na embriaguez da tolice, por demasiado egoísmo ou manutenção do próprio âmago.
Então a verdade, a inocência e o verdadeiro amor morrem como se nunca tivessem existido, e as mentiras, as ilusões, o ser quem não realmente sou se torna nossa história, nossa vida; uma farsa do ser, um teatro, uma peça onde prevalece o silêncio do que seria realmente viver.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mata-me logo


Cada palavra tua é como um veneno para mim,
e matar-me aos poucos é o que te deixa feliz.
Uma gota de veneno por vez, uma parte de mim por gota.

MATA-ME LOGO! Arranca logo a parte mais importante de mim!
Ele já te pertence, de qualquer maneira.
A cada batida ele grita o teu nome
"!"   "!"   "!"   "!"
Ele exige tua presença, mesmo sabendo que o teu veneno me corrói.

Desde sempre "!" é só o que ouço
Desde sempre "!" é só o que quero
Mas não posso ter-te. O nós já passou
Hoje só existe tu e eu.

Mata-me logo! Mas antes, conceda-me um último desejo:
Abre teus olhos, deixa-me vê-los uma última vez.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Estrelas e seus versos



Era uma noite como a anterior ou as que a antecederam ou que viriam a acontecer. As estrelas não brilhavam com ímpeto, mas eram existentes na alma e coração daqueles que relembravam antigas histórias.
Ela tentava por alguns instantes se libertar por completo de todos os seus pensamentos. Ela exigia de si mesma que vivesse por alguns simples minutos. E sorria, tentando contrariar seus medos e a tristeza que cobria seu sorriso, seus olhos ou suas palavras há tanto tempo.
Ela cantava e dançava ao ritmo da música que chegava aos seus ouvidos e tomava sua alma. Ela se entregava a um nada, sem planos, sem espera, sem preocupações.
E foi assim que enquanto se movia sem ouvir seus pensamentos, avistou aqueles olhos, aquele “Príncipe” que surgira dos contos de fada. De fato era belo e a personificação de todos os desejos dela. Já se conheciam, mas aqueles olhos nunca encontraram os dela de tal forma.
Nada existia ao redor dessa súbita paixão. Eles dançavam por todo o salão, sem ao menos perceberem os seus passos. Eles trocavam palavras, juras nunca antes confessadas. Pareciam tão inocentes e envergonhados enquanto se abraçavam, como se nunca tivessem unido suas mãos em um único toque ou seus sorrisos em único semblante. Tinham verdadeiramente se conhecido naquele momento. E suas silenciosas palavras, trocadas entre uma dança ou um abraço os tornavam cada vez mais próximos, com apenas um e sincero pensamento.
Ele talvez fosse a pessoa perfeita pra ela. E ela, quem sabe, fosse a pessoa perfeita pra ele. Talvez. Ele era perfeito em todos os sentidos. Seus olhos pareciam “enxergar” as palavras dela, antes que estas fossem proferidas. Ela parecia entender seus pensamentos, mesmo que estes permanecessem na abstração.
Ele proferiu belas palavras para que apenas ela ouvisse. E ela continuava a achá-lo perfeito.
Quando se libertavam de seu abraço, a multidão retornava e os pensamentos dela dilaceravam aquele sonho. Então eles sentiam falta do toque do outro e em reflexo novamente se abraçavam. Por alguns segundos viviam um mundo perfeito. Ambos procuravam a última peça do quebra cabeça de seus versos; a única peça que completaria parte imprescindível de sua eloqüente comoção: o enfermo coração dos que se abraçavam e o apaixonado coração de apenas um deles.
Distante de toda aquela multidão, ainda trocaram outras tantas palavras, olhos nos olhos ou envoltos em um mesmo silêncio.
Fora uma história bonita para esses dois jovens; mas ela jamais se entregaria à infidelidade do amor que verdadeiramente residia em seu coração. Fora fiel em todos os segundos a quem realmente ama.
Enquanto dançava, se entregando nos braços do dono daqueles olhos tão perfeitos, só conseguia imaginar os olhos de quem ama, ainda mais perfeitos. E embora o amor não lhe fosse completamente distante, havia distância o suficiente para que ela chorasse com singelas palavras ditas ao seu redor. Girava pelo salão e se perdia entre os olhos que se encontravam plenos frente aos seus, mas se perdia encarando os olhos de seu único e irrevogável amor.
Ela realmente havia se esquecido de todos e de tudo quando se entregou àquela dança, àquele abraço e aos seus momentos juntos. Mas jamais se esquecera da pessoa que ama, pois esta não era presente apenas em seus pensamentos. Já se tornara parte dela, de quem ela é.
E sozinha, naquela noite, encarando as estrelas visíveis apenas por seus olhos, ela deixou que as lágrimas queimassem sua face. Deixou que seu sorriso se desfizesse em absoluto silêncio.
Não mais havia multidão, não havia quem amava ou mesmo a utopia que encontrara. Ela ouvia apenas sua respiração e fechava seus olhos, almejando que as lágrimas secassem.
O som de sua respiração se tornava cada vez mais distante. Seus olhos, agora, completamente fechados. Cada vez mais nítida se tornava a imagem de quem ela verdadeiramente ama. Agora as estrelas brilhavam mais intensamente sobre o amor que tornava o brilho das estrelas possível. Ela dançava com quem ama. Confessava em silêncio tudo que sentira até aquele momento e prometia estar ao seu lado por uma vida inteira.
Sua respiração, serena, como o quase sorriso que contemplava sua face faziam daquela noite uma noite como outra qualquer, já que todas as noites ela sonhava como seria ter em seus braços aquela pessoa que definitivamente completaria seus versos, aquela pessoa que completaria parte imprescindível de sua eloqüente comoção: seu coração completamente apaixonado e entregue por inteiro a seu único e verdadeiro amor.

De temer


Sou consumida por um medo

Ele vai...

Mas ele volta

Se transforma e me agride

De diferentes maneiras...

Mas geralmente só me faz ganhar

Fortalecimento, físico e emocional...

As vezes ri do meu sofrimento,

Pelas coisas mais estúpidas possíveis que temo todos os dias

Há quem tema insetos peçonhentos...

Aqueles que temam falar em publico

Outros têm medo devido a experiências traumáticas

E outros ainda do próprio medo

Porém o pior dos medos que alguém pode ter

Eu confesso que tenho...

O medo de amar...

não simplesmente pelo fato de temer não ser correspondida

mas algo pior... em que Eu te amo não sai de minha boca

não pelo outro... mas pelo amor próprio ferido...

apesar de amar demasiadamente, não me permito...

de temer já perdi demais e não quero mais perder!


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

...



Não encontrei a escuridão
Querendo contemplar cada segundo que me restava
Olhando a perfeição
Que se perdia em sonhos, tão perto de mim
Meus olhos se fechavam
Em devaneios perdidos
Enquanto tua respiração
Ressuscitava-me
A multidão se difundia em ilusões
E as minhas eram teus olhos
Teus lábios, minha ausência em ti
E a busca por ti
A inconsciência roubava-me
Eternos segundos
Tirava-me o anjo que sonhava
Com o amor que reside em seus delírios
Com o poema perdido em palavras
E você não sabia
Que lhe fiz um poema em pensamentos
Que lhe proferi amor em minhas palavras
E que lhe disse demasiadas vezes a verdade
Olhando em teus olhos, esperando que entendesse
Minha única verdade, amar-te, apenas.